O novo
boletim divulgado pela Defesa Civil do Paraná, na tarde desta quinta-feira
(14), aponta que 150.694 pessoas, de 47 municípios, foram afetadas pelas fortes
chuvas no Estado. O número de pessoas desalojadas, porém, diminuiu, passando de
2.194 na tarde de quarta-feira para 1.697 na manhã de hoje. O número de
desabrigados também é menor. Atualmente, 98 pessoas permanecem em abrigos -
ontem eram 167 - em função de alagamentos, enxurradas e deslizamentos. Uma
pessoa está desaparecida, em Rolândia, no Norte do Estado, e cinco ficaram
feridas. Além disso, há previsão de que até 1 milhão de pessoas sejam afetadas
com o comprometimento do abastecimento de água e luz. Mais de 10 mil casas
foram danificadas e 74 ficaram destruídas. Os maiores prejuízos são nas regiões Norte e Noroeste,
além de registros também nos Campos Gerais e na Região Metropolitana de
Curitiba. Só o município de Jaitaizinho (Norte) registra 6.151 pessoas
afetadas. Em Rolândia e Arapongas, também no Norte, são 36.240 e 90.025 pessoas
afetadas, respectivamente. Os municípios de Sabáudia, Mandaguaçu e Rio Bom
decretaram Situação de Emergência.
De acordo com o boletim divulgado pela Defesa
Civil às 16h desta quinta-feira, os 47 municípios atingidos até agora são:
Apucarana, Arapongas, Araucária, Atalaia, Bandeirantes, Califórnia, Cambé,
Cambira, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Cruzeiro do Sul, Fazenda Rio
Grande, Guaraqueçaba, Ibaiti, Ibiporã, Jaboti, Jacarezinho, Jaguariaíva, Jardim
Olinda, Jataizinho, Kaloré, Londrina, Mandaguaçu, Marilândia do Sul, Maringá,
Nova Esperança, Novo Itacolomi, Paranacity, Paranavaí, Piraí do Sul, Porto
Rico, Ponta Grossa, Reserva, Ribeirão Claro, Rio Bom, Rio Negro, Rolândia,
Sabáudia, Santana do Itararé, São José do Boa Vista, São José dos Pinhais,
Sangés, Sarandi, Siqueira Campos, Tamarana, Tomazina e Wenceslau Braz.
“O número tende a aumentar, pois
choveu ontem e ainda há alerta de instabilidade para todas as regiões do
estado, o que faz com que as ocorrências ainda não terminem”, afirma o capitão
Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do
Paraná. De acordo com o Simepar, ainda chove em algumas regiões no Estado e
continua a previsão de instabilidade e mau tempo.
PROTEÇÃO ÀS
PESSOAS
A prioridade do trabalho da Defesa Civil
é o atendimento às vitimas, o socorro e a proteção às pessoas que estão em
situação de risco. Segundo o capitão Pinheiro, a Defesa Civil já está
trabalhando nas regiões atingidas e mais equipes foram enviadas à região para
ajudar na proteção à vida da população e computar as ocorrências. “Ainda estão sendo registrados os estragos e apurados
os números. Depois do levantamento, vamos transformar em dados quantitativos e
avaliar a necessidade de decretar situação de emergência ou calamidade pública
em alguma cidade”, explica.
ESTRAGOS
As
destruições de pontes, alagamentos e obstruções de ruas e rodovias só poderão
ser arrumadas quando as chuvas, a previsão de instabilidade e de mau tempo
diminuírem consideravelmente. As chuvas causam restrições para iniciar as obras
de reparo e restaurar os estragos ocasionados nestes últimos dias. “A fase de
recuperação vem depois da conclusão dos dados que estão sendo computados e da
reabilitação que estamos enfrentando agora”, disse o capitão Pinheiro.
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