Com a
queda dos juros estruturais, famílias e empresas passam a tomar mais crédito
com taxas mais baixas
O mercado de crédito
brasileiro começou a dar sinais de reaquecimento. Diante da melhora no ambiente
econômico, relatório do Banco Central revela que as famílias e empresas estão
tomando mais crédito, ao passo em que os juros e o custo de vida continuam a
cair.
Neste mês, a diretoria
do BC voltou a cortar a taxa básica de juros, a Selic, que foi reduzida para
11,25% ao ano. Com essa
redução, as principais instituições financeiras também
passaram a oferecer juros menores em operações de crédito.
Em março, o saldo das
operações de crédito cresceu 0,2% para um estoque de R$ 3,077 bilhões, sendo
que as operações com pessoas físicas avançaram 0,6%.
Com a inflação caindo e
a política de juros em trajetória gradual de queda, a confiança aumentou e, num
cenário de estabilização da atividade econômica, os juros bancários e o Spread
bancário – a diferença entre o que o banco paga ao tomar o empréstimo e a taxa
que ele oferece na operação de crédito – recuaram no mês passado.
De acordo com os dados
do Banco Central, a taxa média de juros das operações de crédito recuou 0,1
ponto percentual tanto na comparação mensal quanto nos últimos 12 meses,
alcançando 32,2% ao ano em março. Nas operações com recursos livres, ou seja,
sem direcionamento específico, a taxa caiu 0,9 ponto percentual no mês passado.
Não só a taxa média de
juros caiu, mas o custo médio das operações também ficou mais barato para as
famílias. No segmento livre, a taxa decresceu 0,8 ponto percentual no mês, com
destaque para redução do custo das operações de empréstimo pessoal e no cartão
rotativo não regular.
No caso das empresas, a
taxa média de juros caiu 0,2 ponto percentual no mês, contribuindo para uma
queda de 2,1 pontos percentuais nos últimos 12 meses. Houve leve redução nas
taxas sobre o crédito livre, ainda que o crédito direcionado tenha avançado no
mês.
Um dos principais
termômetros do mercado de crédito, o Spread médio das operações caiu em março,
com uma redução de 0,1 ponto percentual. Para as pessoas físicas, a diferença
de capitalização caiu 0,3 ponto percentual e ficou estável em 11,7 pontos
percentuais para as empresas. Informações Portal Brasil
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